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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 502 (18/11/2001)

Criatividade da Cabeça aos Pés

Boa parte das empresas de pequeno porte no Brasil são criadas por pessoas que pensam apenas em uma forma de sobrevivência ou em uma alternativa para a falta de emprego. O erro de abrir um negócio sem se identificar com o produto ou serviço que ele se propõe a oferecer pode ser fatal e levar à sua exclusão do mercado. Isso acontece porque é muito difícil ser persistente e resistir a todo tipo de dificuldade que surge quando se parte da estaca zero, se o empreendedor não se sentir identificado com a sua proposta de trabalho. Aprender a gerenciar é fundamental, assim como saber comprar e vender. Porém, o mais importante de tudo está na realização como conseqüência do empreendedorismo feito com base nas afinidades pessoais, que desafiam os melhores planos de negócio. Essa é a fonte geradora de idéias para o desenvolvimento das atividades empresariais que vão fazer a diferença no caminho do sucesso. Um exemplo perfeito nesse sentido é a Bicho do Pé Calçados Infantis www.bichodope.com.br, que vem conquistando um espaço cada vez maior sob a direção de Marli Duobles Goldenberg. Em depoimento exclusivo, ela conta como conseguiu conciliar sua formação em artes plásticas e pedagogia, a paixão por crianças e a vontade de empreender.

ÚTIL E AGRADÁVEL
"Meu negócio sempre foi criança, lecionei durante sete anos para pré-escola e realmente era o que mais me alegrava, que me dava prazer, e a arte também é uma grande paixão. Então, acabei unindo as duas coisas. O lado empresarial nasceu em 1987, quando comecei a trabalhar com a minha irmã que, na época, confeccionava chinelos para adultos. Com o tempo, fomos desenvolvendo modelos novos, com moldes e máquinas usadas que eram recicladas com o dinheiro das vendas, mas tudo ainda muito artesanal. A chance de produzir para crianças surgiu por meio de uma parceria com uma prima que tinha uma confecção infantil própria e queria uma linha coordenada de calçados em tecidos coloridos que pudessem combinar com as roupas. O negócio deu certo, e eu revolvi investir nele, porque comecei a sentir o mercado com os primeiros pedidos. No final de 1991, abrimos como microempresa e passamos a criar e a fabricar apenas sapatos infantis a partir de retalhos de outros materiais também."

VITRINE ANUAL
"Ao registrar a marca Bicho do Pé, desenvolvemos as primeiras caixas que vinham com lápis de cor, como uma espécie de lancheira com alças, para que a criança pudesse sair da loja levando o sapato dela e aproveitasse a embalagem para colocar outros brinquedos. Como artista plástica, sempre me preocupei com o lado lúdico e sensorial do produto, sem esquecer da qualidade e do conforto. Com um subsídio parcial do Sebrae-SP, participamos da nossa primeira feira em 1992, que foi uma Fenit, o que representou um grande avanço para a empresa. De lá para cá, nunca mais deixamos de participar desses eventos com stands coloridos e bem criativos que funcionam como uma vitrine, pois a credibilidade da marca aumenta a cada ano. Os clientes que compraram na primeira vez dobraram os pedidos na segunda exposição, além de dar um feedback que tem ajudado a direcionar o negócio. Atualmente, produzimos de 6 mil a 7 mil pares de sapatos por mês, contando com a colaboração de 23 funcionários na fábrica e de dois ateliês de costura, que foram uma grande solução em termos de terceirização."

NOVOS MERCADOS
"Como eu não tinha uma herança de calçados que pudesse mostrar como é que funcionava uma fábrica de sapatos, tive que começar do zero, com corte e montagens manuais. Todas as máquinas eram antigas, mas foram importantes no começo. Hoje, temos equipamentos modernos que foram pagos com os resultados da empresa. Sempre foi um crescimento bem pensado, com um passo atrás do outro. Há dois anos, fizemos as primeiras exportações para o Caribe via feira de calçados, já estamos em Miami e agora estamos entrando em Nova York. No Brasil, temos representantes em vários Estados e a intenção é conseguir aumentar a produção e a representação no Nordeste. Também estamos pensando em abrir uma loja de fábrica para atender pronta entrega no interior de São Paulo."


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