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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 506 (16/12/2001)

Renovar para Não Morrer

Quem quiser verificar a conjuntura econômica de um país deve avaliar os dados de ocupação da hotelaria, um nicho empresarial que representa o elo de ligação entre todos os setores, funcionando como um termômetro da situação. Para ser um empreendedor bem-sucedido nesse ramo de atividade é preciso dedicar uma atenção especial aos recursos humanos por meio do incentivo ao treinamento e da criação de um plano de carreira, além de manter um canal de relacionamento constante com os clientes. No entanto, somente a adequação contínua aos avanços tecnológicos e às tendências do mercado pode assegurar a permanência e o crescimento do negócio. Com o objetivo de representar os empresários que se dedicam a essa atividade, foi instituído o Dia do Hoteleiro, no dia 9 de novembro, data de fundação da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis. A idéia partiu de Eduardo Daher, diretor do Daher Center Hotel - Tel.: (11) 3672-4551 - e também diretor de hotelaria da Federação dos Hotéis, Restaurantes e Similares de São Paulo. Em depoimento exclusivo, ele fala da expansão do segmento no Brasil, que deve crescer cerca de 10% em 2002, bem como da necessidade de modernização.

ALTOS E BAIXOS
"A hotelaria nacional começou a se formar nos últimos vinte anos, marcada pelo advento da corrente americana e os hotéis de fachada grande, juntamente com a vertente européia. Em virtude da entrada das grandes cadeias internacionais, a Embratur resolveu abrir os portões turísticos do Brasil, que estavam restritos ao eixo Rio-São Paulo, também às regiões Norte e Nordeste. Os pontos fortes da nossa hotelaria residem na abundância de mão-de-obra barata e de produtos naturais por toda a extensão da costa brasileira. Outra vantagem seria o tratamento personalizado em razão da característica peculiar do povo brasileiro de cativar e de criar um canal de relacionamento com hospitalidade e simpatia. Já o ponto fraco poderia ser apontado como a falta de uma integração maior com relação às tarifas, uma vez que os juros altos e os impostos elevados fazem com que tenhamos que cobrar uma tarifa-balcão considerada ainda muito cara."

LOCALIZAÇÃO
"Cada meio de hospedagem tem o seu público-alvo. Hotéis e resorts estão direcionados mais ao lazer, diferentemente dos hotéis urbanos e das pousadas. O vetor de escolha de um hotel está na sua localização, e eles costumam diferenciar-se pelo preço fora da tarifa-balcão e pela opção de serviços oferecidos dentro do estabelecimento. A localização envolve translado, economia de tempo e custo do transporte. Até para os investimentos em hotelaria, o primeiro fator a ser observado pelo investidor é a localização, seguido por um bom café da manhã e por um bom serviço de quarto. Ainda nesse sentido, é preciso pensar em oportunidade imobiliária, ou seja, aproveitar uma grande oferta de acordo com os padrões do mercado. Não é aconselhável o aluguel de um estabelecimento para hotelaria, pois o inquilino acaba ficando intranqüilo com os reajustes automáticos e sujeito aos aumentos indefensáveis. Além disso, para dar certo nesse ramo, é preciso manter um bom canal de relacionamento com clientes e principalmente com fornecedores, especialmente quando o hotel sofre um período de sazonalidade. A parceria com eles num momento de baixa temporada é muito importante para quem não quer depender de juros bancários."

ENTIDADES E TURISMO
"O papel das entidades civis e oficiais ligadas ao setor hoteleiro tem sido orientar e representar os interesses da categoria em todas as esferas públicas e privadas. Também buscam a defesa contra a multiplicidade de leis dos encargos tributários, que, no Brasil, são considerados um dos mais altos, além de atitudes regulamentadoras de medidas que possam favorecer o segmento. O maior esforço das entidades está em tornar o turismo uma das principais fontes geradoras de divisas, com base no artigo constitucional que determina que o Município, o Estado e a União devem incrementar, sob todas as formas, o turismo que só perde hoje, como atividade econômica em nível mundial, para o armamento e para o petróleo. Por isso, acreditamos que os hotéis deveriam ser enquadrados na mesma condição das principais empresas exportadoras, uma vez que o Brasil depende tanto agora da exportação."


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