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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 518 (10/03/2002)

Ordem e Produtividade

Realizar o sonho de ter um negócio próprio leva muitas pessoas a abrir uma empresa sem a noção exata do esforço necessário para vencer os entraves burocráticos, colocar um produto no mercado e manter-se competitivo. Nesse sentido, planejar, organizar, fazer e controlar são as palavras-chaves do cotidiano do gestor empresarial realmente predisposto a mudar o que for preciso no seu comportamento e na constituição da empresa, de forma pensada e equilibrada. Para isso, ele pode contar com a ajuda de um consultor organizacional, que vai analisar as relações internas e os resultados da organização, refletir em conjunto, além de trazer experiências de outras áreas e empresas com distanciamento dos jogos de poder que se manifestam dentro do ambiente de trabalho. Quem explica como funciona essa orientação é Eduardo Rocha, presidente do Instituto Brasileiro dos Consultores de Organização (IBCO) - e-mail: [email protected] - Tel.: (11) 289-4152, membro do International Council of Management Consulting Institutes. Em depoimento exclusivo, ele fala sobre a importância decisiva da integração dos recursos humanos nas tomadas de decisão.

SINERGIA
"Organizar uma empresa significa alocar todos os recursos disponíveis, de tal maneira que haja sinergia entre eles. Isso inclui todos os componentes da estrutura, com ênfase para os recursos humanos, até os componentes da estrutura física. Cada pessoa possui um estilo de relacionamento interpessoal, valores próprios, estilos de liderança e esquemas motivacionais. É preciso promover a interação entre esse subsistema social, a cultura da empresa e o subsistema técnico, tecnologia, equipamentos e instalações, para gerir a organização com eficácia. O papel fundamental do gestor empresarial é atingir resultados, e para isso ele deve planejar, organizar, fazer e controlar. Muitas vezes, o empresário não tem adaptação produtiva às mudanças do meio ambiente e parte para a busca de resultados inadequados à situação atual. Para se adaptar produtivamente do ponto de vista da gestão estratégica, é preciso perceber com cuidado tudo aquilo que está ocorrendo e modificando o mercado."

TREINAMENTO
"Treinar a equipe é uma das soluções, mas é importante lembrar que isso deve fazer parte da rotina empresarial. É função do gestor treinar seu subordinado ou colaborador. Em grande parte dos casos, mandar a pessoa fazer cursos externos não resolve os problemas do dia-a-dia. Como ninguém desenvolve ninguém, o que podemos fazer é gastar energia para ajudar no crescimento de uma pessoa. O administrador só consegue atingir resultados por meio da equipe com quem trabalha. Portanto, cabe a ele prepará-la profissionalmente da melhor forma possível. Essa habilidade de lidar com as pessoas, fazendo com que elas dêem o melhor de si pela empresa, é que faz um líder empresarial, e não a habilidade técnica, que pesa muito pouco se o empresário não for hábil o suficiente para saber quem vai executar cada tarefa com mais eficácia. As mudanças dentro de uma empresa não precisam ser grandes, mas devem ser feitas de forma consciente, sem modismos, acompanhando a capacidade das pessoas para que elas não se apavorem, por um lado, nem caiam no tédio total, por outro. A ansiedade tem que ser um meio termo para gerar desafios produtivos para todos."

PONTOS PARA MELHORIA
"De uma forma geral, as empresa brasileiras e seus gestores têm um discurso diferente da prática, ou seja, a intenção não se transforma 100% em ação. Se os empresários vissem os seus recursos humanos como vêem os outros recursos, eles tomariam conta no sentido de se preocupar com a satisfação das pessoas para que elas produzam mais no trabalho. Para perceber e melhorar isso é preciso, além da sensibilidade, saber que para gerir pessoas também têm metodologias e indicadores. Principalmente quando ocorrem mudanças, é necessário repensar todo o planejamento, tem que ter um plano alternativo, interessante até no dia-a-dia e nas relações sociais. É uma questão de brigar pelo bom e de se preparar para o ruim. Tem que estar atento para ver de onde vêm as ameaças e como se pode transformá-las em oportunidades. Evitar o pior é sempre a melhor e a mais difícil decisão a ser tomada."


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