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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 573 (30/03/2003)

Ação com Experiência

Em um país em que ainda há tanto por fazer para incrementar a livre iniciativa e, com isso, gerar a empregabilidade necessária à melhora das condições de vida da população, todas as tentativas que já ocorreram nessa direção merecem ser reavaliadas. Não se pode desperdiçar as experiências já vividas pelos diversos setores da sociedade e partir sempre da estaca zero, sem ao menos verificar se as novas propostas não passam de cópias de projetos que foram colocados em prática sem sucesso, ou que permanecem guardados. A humildade e o bom senso de aprender com o passado precisam prevalecer na hora de pensar as medidas que podem mudar os rumos da Nação. Iniciativas como a Ação Empresarial, formada por um grupo de pessoas dos vários segmentos produtivos que queriam inserir o Brasil na modernidade, devem ser consideradas para que os futuros esforços possam surtir efeitos. Quem fala, em depoimento exclusivo, sobre a importância de rever o que já foi feito e também sobre a situação atual das entidades representativas no cenário nacional é Max Schrappe, presidente da Confederacion LatinoAmericana de La Industria Grafica (Conlatingraf) - e-mail: [email protected] - Tel.: (11) 5087-7777.

EXAGERO
"A representação empresarial no Brasil é bastante diversificada, uma vez que temos uma quantidade muito grande de associações que começaram a aparecer na época da ditadura, porque os sindicatos estavam um pouco amarrados em razão da implementação da CLT. Surgiram então as associações que, obviamente, possuem uma liberdade maior de expressão junto da sociedade. Além disso, cada setor criou também o seu próprio sindicato. Para se ter uma idéia dessa abrangência e da dimensão desse universo representativo, temos em São Paulo 127 sindicatos ligados à Fiesp, o que é um exagero que acaba dificultando a obtenção de uma unidade num mundo globalizado. É preciso ter menos pessoas para que possamos tratar qualquer tipo de assunto com mais lógica e mais poder de decisão, o que, infelizmente, não ocorre hoje."

CONCENTRAÇÃO
"Temos que nos concentrar mais nas reformas que já poderiam ter sido feitas no Brasil e ainda não aconteceram. O governo não deu a devida importância à chamada Ação Empresarial, que propunha uma regulamentação na reforma tributária e fiscal, tendo sido acordada pelas seis confederações nacionais, incluindo bancos, indústrias, associações comerciais, federação do comércio, transportes e agricultura. Todos esses setores assinaram, e nós corremos atrás das centrais dos trabalhadores, que também participaram do movimento. Levamos isso ao FHC quando ele ainda era ministro. Essas reformas não deixaram de ser feitas por falta de insistência da nossa parte. Numa ocasião, fizemos uma caravana a Brasília com o intuito de convocar o presidente da República, depois a Câmara e o Senado, para que eles escutassem aquilo que tínhamos a dizer. Era um grupo de pessoas que queria, em primeiro lugar, salvar o Brasil, para que, num segundo momento, cada setor pudesse buscar suas reivindicações. Muitos empresários de pequeno porte perderam o seu dia, gastaram o seu dinheiro para viajar e acabaram ficando decepcionados."

SOLUÇÃO INTEGRADA
"A ausência de unidade na defesa de objetivos comuns por parte das entidades dá se pela falta de patriotismo de resolver primeiro os problemas principais para, depois, cada um resolver os seus. Se fossem solucionados os grandes entraves, todos os outros seriam resolvidos como conseqüência, mas não se pensa assim por causa do imediatismo. Os empresários têm uma grande contribuição a dar no novo Conselho Social formado por este governo, porque possuem a experiência de como se produz, de como dar emprego, de como pagar as contas no final de mês, se o imposto é bom ou ruim. Eles podem levar todas essas informações para que a área política comece a entender um pouco esse lado. Até parece que o mundo começou agora, chega de projetos engavetados às pilhas nos armários de quem detém o poder de executá-los. Temos que efetivá-los, escutando a sociedade como um todo, pois cada um tem a sua visão. Os conflitos devem ser buscados e armazenados para que haja uma solução integrada."


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