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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 574 (06/04/2003)

Exportação à Vista

As atividades de comércio exterior vêm assumindo um papel cada vez mais decisivo na economia mundial, especialmente para o desenvolvimento da livre iniciativa em países como o Brasil. Os empresários brasileiros que ainda encaram a exportação como algo além da sua realidade, devem repensar essa estratégia empresarial com base nas iniciativas em níveis nacional e internacional que visam alavancar os negócios externos. Além do Poupa Tempo, um conjunto de medidas pioneiras, criado e implementado pelo governo do Estado de São Paulo para facilitar e desburocratizar as negociações com outros mercados, existe também a Trade Finance, uma companhia financeira que concede financiamento para pagamento à vista às empresas norte-americanas importadoras. Uma oportunidade de negociação que não deve ser ignorada pelos empreendedores brasileiros que exportam ou pretendem exportar produtos ou serviços para os Estados Unidos. Em depoimento exclusivo, Márcio Arroyo, diretor da Arvamex Comércio Internacional - www.arvamex.com.br - explica como funciona essa operação e o que falta para que o Brasil venha a adotar de fato uma política agressiva para conquistar seu espaço no mercado global.

ETAPAS
"O comércio internacional requer cinco passos iniciais, que podem ser descritos como a pesquisa na busca do comprador ou do vendedor/fornecedor, os contatos internacionais para ver as amostras, o preço e, depois, a negociação propriamente dita, incluindo o acompanhamento da logística e da parte burocrática. A quinta etapa seria o gerenciamento entre a saída e a chegada do produto, seja na área de importação, seja na de exportação. O que pesa muito nesse processo todo é a dificuldade de financiamento para as exportações brasileiras, que ainda dependem de financiamentos, porque temos hoje uma concorrência global. A carta de crédito tem a vantagem de ser a forma mais garantida dos pagamentos e a desvantagem de custar mais caro, tornando-se inviável em muitas operações em razão do custo do dinheiro no Brasil. Isso faz com que busquemos as alternativas que existem pelo mundo, sendo este um dos trabalhos das empresas que trabalham como traders."

SISTEMA AMERICANO
"A economia dos EUA deu origem ao sistema de trade finance, que é o financiamento para as exportações. Essa companhia financeira americana paga à vista a exportação brasileira e financia a prazo para o importador norte-americano. Isso é muito bom para o exportador brasileiro, porque, recebendo o dinheiro à vista, ele tem o seu capital de giro assegurado e pode vender mais para o comprador americano que tem o seu crédito financiado. A operação é simples, sem burocracia e sem bloqueios dos ativos da empresa brasileira. Os juros são aqueles praticados no mercado internacional, que variam de 6 a 8% ao ano. Esse serviço ainda não tem muita divulgação, porque começou agora a penetrar no Brasil. Nós estamos trazendo isso para as empresas brasileiras que possam exportar para os Estados Unidos. Não precisa ser uma exportação nova, desde que tenham recebíveis nos EUA, a operação passa a ser automática. O único impeditivo do negócio é o volume mínimo de US$ 40 mil e não tem limite máximo, valendo para qualquer produto ou serviço."

DEFICIÊNCIAS
"Hoje, o sistema brasileiro de marketing internacional conta com a colaboração do Ministério das Relações Exteriores, fazendo nas embaixadas e nos consulados brasileiros muitas pesquisas sobre potenciais clientes para as exportações brasileiras. No entanto, isso não é o suficiente, pois a grande maioria das negociações de comércio exterior decorre da participação em feiras internacionais. A nossa grande deficiência está em não participar de uma forma mais agressiva desses eventos, que são as entradas mais importantes para o mercado externo. Isso não acontece porque sai muito caro bancar um stand e ainda ter que pagar impostos em cima desses investimentos como se fosse uma venda interna. Outra preocupação está no foco, uma vez que não se pode sair por aí sem direcionamento. Tem que ser tudo focado, segmento por segmento, planejado e organizado em rodas de negócio."


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