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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 575 (13/04/2003)

Mudança sem Dispersão


A ênfase na importância da livre iniciativa para toda a sociedade brasileira foi a tônica do discurso do empresário Guilherme Afif Domingos ao assumir a presidência da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) no dia 27 de março, nas dependências do Clube Atlético Monte Líbano, em São Paulo. Na presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do governador Geraldo Alckmin, ele assumiu o compromisso de partir para a ação sem perder de vista os graves problemas que emperram o desenvolvimento econômico e social do Brasil, combinando o ceticismo da razão com o otimismo e o entusiasmo necessários à vontade de mudar. A mensagem incluiu ainda um forte apelo às entidades empresariais, tendo em vista uma atuação conjunta e coordenada, não apenas na defesa das reformas estruturais pelas quais o Brasil deve passar mas também na luta por uma revolução que leve à desburocratização efetiva da atividade empreendedora nacional inserida na urgência dos avanços mundiais.

MUDANÇAS
"Como empresário do ramo segurador, enfrento as dificuldades de todo empreendedor brasileiro: administrar uma empresa num ambiente de grande instabilidade e volatilidade. Como ainda mantenho a capacidade de sonhar com um Brasil melhor e acredito poder dar a minha contribuição à frente da Associação e da Federação, retorno com todo o entusiasmo. O Brasil e as associações mudaram muito nestes últimos anos com a globalização da economia. As mudanças implicam desafios, riscos e oportunidades. Nesse sentido, o País necessita acelerar o processo de mudanças, pois o mundo continua avançando rápido e as distâncias que nos separam das nações mais desenvolvidas estão aumentando. Temos urgência, porque os problemas econômicos e sociais que o Brasil enfrenta são muito graves e exigem medidas profundas para sua solução. Não podemos continuar a aceitar a exclusão de uma parcela expressiva da população brasileira, e não adianta procurar culpados por essa situação, uma vez que somos todos responsáveis por ela."

FUNÇÃO SOCIAL
"Estão equivocados aqueles que consideram que os empresários brasileiros sejam movidos apenas pelo egoísmo ou pela busca incessante do lucro, embora essa motivação seja legítima quando exercida dentro dos limites da ética e do respeito às leis. Pesam na decisão de criar e manter um empreendimento a auto-realização, a concretização de um sonho ou de uma idéia, o sentimento de independência ou o desejo de servir a comunidade gerando riqueza e atendendo suas necessidades ou aspirações. Em sua atividade diária, submetida à aprovação constante dos consumidores, os empreendedores exercem uma importante função social que infelizmente não é reconhecida por muitos segmentos da sociedade. Eles são o que nós chamamos de agentes de intersecção, porque são empreendedores que atuam como voluntários. Por isso, quando um humilde comerciante fala com orgulho de seu pequeno negócio, ele tem motivo para isso, porque negócio significa a negação do ócio, significa trabalho e só o trabalho constrói."

REDE
"A organização em redes tornou-se um fenômeno social importante, além de ser uma fonte crítica de poder. A ACSP consiste em uma rede que conta com 15 sedes e distritais na capital, fazendo parte de uma rede maior, a Federação, que congrega 400 entidades no Estado, interligada com a nossa Confederação. Essa estrutura forma uma rede de redes com mais de duas mil associações espalhadas por todos os cantos do País, da qual participam 2 milhões de empresas associadas. Além disso, elas participam da rede de informações e proteção ao crédito, que engloba cerca de 1.800 serviços que cobrem todo o território nacional, juntamente com o clube de dirigentes lojistas, constituindo uma malha de organizações independentes que podem ser acionadas para a busca de objetivos comuns. Essas redes possuem uma grande capilaridade e o poder de mobilizar os empreendedores. O que desejamos é integrar essa rede com as demais redes constituídas pelas entidades empresariais nacionais para uma atuação conjunta e coordenada em benefício da livre iniciativa."


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