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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 608 (30/11/2003)

De Empregado a Empregador

Por mais benefícios que uma empresa possa garantir aos seus funcionários, a conquista de um lugar no mercado de trabalho está cada vez mais deixando de ser o caminho natural para aqueles que concluem o curso superior. Fatores como a instabilidade, os baixos salários, as grandes exigências e, principalmente, a dificuldade de vislumbrar oportunidades reais de crescimento profissional dentro de uma organização no atual estágio da economia estão levando muitos jovens recém-formados a desistir de seguir uma carreira executiva para montar o próprio negócio. Apesar de exigir coragem para assumir riscos e uma boa dose de determinação, a opção pelo empreendedorismo parece ser a melhor saída para quem está disposto a evoluir em termos financeiros, sem ter que depender dos altos e baixos de uma estrutura corporativa. Carolina Orlando dos Santos - Tel.: (11) 295-6760 - é um exemplo bem-sucedido desse novo perfil de empreendedor que está surgindo em razão do desencanto pelo emprego tradicional. Formada em administração, ela desistiu de trabalhar como bancária para, em conjunto com o noivo, investir em uma franquia de serviços dentro do Shopping Center Penha, em São Paulo. Em depoimento exclusivo, ela relata os seus primeiros seis meses de experiência como empresária e dá uma dica valiosa para quem ainda sente medo e insegurança de assumir seu lado empreendedor.

ESCOLHA
"Optamos pelo setor de serviços, porque é um mercado que cabe para todo mundo. Buscamos informações sobre vários segmentos e fomos procurar a Associação Brasileira de Franchising. Decidimos começar pela abertura de uma franquia por uma questão de insegurança e até mesmo pela dificuldade de criar nova marca ou novo produto. Prestamos serviços na área de costura e sapataria, fazendo barra de calça, meia-sola, capa de salto, salto feminino, ajustes de roupa, inclusive peças de couro, trocamos zíper, reformamos bolsas, malas de viagem, além de fazermos tingimento, bordado e lavagem de cortinas e carpetes, com parcerias terceirizadas. Como investimos tudo aquilo que tínhamos, queríamos a segurança de começar já tendo um nome no mercado, além de um retorno mais rápido, com um roteiro de negócios encaminhado. A rede faz toda a pesquisa de pontos estratégicos para quem deseja ser um franqueado, oferecendo atendimento aos clientes por uma central telefônica, informando a loja mais próxima. Para abrir o negócio, fizemos um treinamento de quinze dias nas dependências da sede da franquia."

LOCALIZAÇÃO
"A vantagem de estar dentro de um shopping, além da segurança, é o fato de podermos pegar o público depois das 18 horas, quando a maioria está voltando do trabalho e a grande parte das costureiras, dos alfaiates e dos sapateiros de rua está fechando as portas. Nesse sentido, oferecemos uma boa opção para quem precisa de um conserto. No entanto, existe a desvantagem financeira, porque é como se fosse um sócio que cobra caro. Nós conseguimos que não nos cobrassem o 13º por sermos prestadores de serviço e também graças à intervenção da franquia, que assegura um apoio legal nesse aspecto, negociando esse tipo de problema. Quando decidimos optar pelo empreendedorismo, procuramos o Sebrae em busca de capacitação para tirar algumas dúvidas, mas, com relação ao capital de giro, eles nos encaminharam para o Projer, do Banco do Brasil. Até agora, não conseguimos o empréstimo, e esse dinheiro está fazendo falta."

BALANÇO
"Considerando esses três primeiros meses, o faturamento não está fora do que nós imaginávamos. Essa parte do capital de giro que não veio nós vamos empurrando daqui, negociando dali, é o jeito, mas estamos indo muito bem. Se tivéssemos tido ajuda financeira, teria sido perfeito, pois o negócio é bom e realmente funciona. Hoje, eu abriria uma loja própria em outro segmento de mercado com a experiência adquirida da franquia. Acho muito válido começar assim, aprendendo como é a gestão de um negócio com uma estrutura pronta e padronizada respaldando a iniciativa. O principal foi perder o medo, aprender a lidar com o público na situação de balcão e a reconhecer as falhas, sabendo contorná-las e administrá-las de forma tranqüila."


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