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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 621 (29/02/2004)

Pioneirismo em Organização

Apesar de ter-se perdido na história, a invenção de objetos como o clipe para papel e o alfinete pode ser considerada um momento de genialidade humana. É impossível imaginar qualquer ambiente, doméstico ou empresarial, que não tenha sua rotina organizada por esses produtos simples, básicos, mas absolutamente indispensáveis. Mesmo sendo utilizados de forma tão universal, ainda são poucas as empresas nacionais que têm como atividade a produção desses verdadeiros acessórios da ordem. A líder do segmento, Iara Indústria e Comércio, adquirida e administrada por Elvio Aliprandi desde o início da década de 80, que conta atualmente com dois filhos na gestão da empresa, é um exemplo de que tradição, pioneirismo e modernidade técnica aplicada na evolução da produtividade podem e devem caminhar juntos estrategicamente. Em depoimento exclusivo, Wagner Aliprandi, um dos diretores da empresa – www.iara.com.br – fala sobre as peculiaridades de um negócio cuja marca atravessa gerações, rompendo a fronteira do tempo por meio de projetos inovadores, capazes de desafiar e vencer tanto a concorrência desleal do mercado informal quanto a produção em escala da economia globalizada dos países asiáticos.

AUTOMAÇÃO
"Nossa gestão foi muito difícil no início, porque começamos a vir com idéias, propósitos e projetos novos para a Iara se automatizar, assegurar cada vez mais uma fatia maior de mercado, e os funcionários não estavam preparados. Por isso, fizemos uma reciclagem, fechamos alguns acordos, entre eles com o Senai, que foi muito importante, porque contratamos jovens técnicos da instituição, principalmente na parte de projeto e ferramentaria para modernizar a empresa. Temos máquinas de produção de alfinetes atualizadas, pois, se fôssemos comprar uma nova, o retorno seria muito a longo prazo em termos de custo x benefício. Nós visamos primeiro um trabalho de repadronização da Iara em termos de automação empresarial, tentando readequá-la ao próprio mercado no sentido de valorizar o nome muito forte que ela sempre teve na praça, que é um grande motivo de orgulho para todos nós."

GESTÃO FAMILIAR
"Os problemas das gerações futuras que assumem as empresas também nos levou a pensar em estratégias de sucessão familiar. Muitas vezes, coloca-se o lado emocional na frente do profissional, sendo essa a razão principal de muitas empresas terem chegado à falência. Passamos alguns anos adequando-nos até na relação pai e filho para minimizar o autoritarismo. É muito importante acionar o lado do companheirismo, e nós começamos a gerenciar a fábrica por intermédio de um processo que meu pai chama de plano de gerenciamento de produção. Para isso, temos objetivos programados, e cada um se encaixou na parte que mais gostava do negócio. Fechamos um acordo importante, segundo o qual, um não interfere na área do outro. Sentamos à mesa semanalmente para discutir uma estratégia de gestão participativa. Acreditamos que não há mais espaço hoje para uma empresa em que a diretoria se mantém distante dos funcionários, sob pena de perder o controle administrativo da empresa."

CONCORRÊNCIA
"Apesar de fabricarmos produtos de uso universal, a relação custo x benefício é muito pequena. Quando falamos de clipes, temos um grande problema com a informalidade, que conseguiu fixa-se no mercado. Por isso, temos a preocupação em fabricar produtos de qualidade que já chegaram onde deveriam chegar do ponto de vista do acabamento, podendo ser conhecidos pelo site www.iara.com.br. O principal diferencial da Iara hoje seria a parceria com os revendedores, ou seja, a segurança de comprar um produto sem nenhum tipo de irregularidade, que realmente preenche o mercado inteiro em termos de distribuição. Os grandes distribuidores, que são as papelarias, trabalham atualmente em parceria com a indústria. Muitas vezes, eles contam com o nosso estoque para pronta-entrega, e isso acaba gerando confiança e exigindo idoneidade de ambas as partes. Qualidade, quantidade e baixo custo são os três aspectos que compõem o tripé que faz com que a Iara seja uma empresa tocada por uma administração enxuta e com o pé no chão no sentido de autogestão dos próprios projetos."


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