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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 624 (21/03/2004)

Construindo a Esperança

Apesar do cenário recessivo de 2003, provocado pelo compasso de espera de adaptação do novo governo, o setor produtivo ainda encontra forças para aguardar as mudanças necessárias ao desenvolvimento do País. Não é fácil falar em esperança quando todas as circunstâncias parecem ir de encontro à livre iniciativa. No entanto, acreditar que chegou a hora de mudar é o único caminho a ser trilhado por aqueles que realmente lutam com o objetivo de transformar o Brasil em uma grande nação. Esse foi o tom do discurso proferido por Romeu Chap Chap no dia 1º de março, no Clube Atlético Monte Líbano, em São Paulo, ao assumir, pela segunda vez consecutiva, a diretoria do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP). Ele aproveitou a ocasião para reiterar a sua crença na retomada do crescimento econômico, ressaltando a necessidade de medidas emergenciais em benefício de toda a sociedade brasileira.

URGÊNCIA
"Embora respaldado por 99% dos associados votantes, reconheço que a minha responsabilidade é redobrada nesse momento, pois tenho de passar a mensagem de um setor de fundamental importância, no contexto econômico e social do País. Diferentemente do que ocorreu no início dos anos 80, quando eram financiadas no Brasil cerca de 500 mil moradias/ano, o mercado vem reduzindo suas atividades de forma contínua, chegando ao ponto de o volume de financiamentos destinados à produção, com recursos das cadernetas de poupança, situar-se, atualmente, em pouco mais de 30 mil habitações/ano. Já na solenidade de posse da diretoria do Secovi, realizada em setembro de 2000, enfatizamos que o País não podia mais continuar prescindindo de um setor que responde pela geração de milhões de empregos em nível nacional. Hoje, retomamos esse posicionamento e esperamos que o governo transforme em realidade sua promessa de campanha no sentido de estimular, de fato, a indústria da construção. Não no próximo semestre ou no próximo ano, mas agora."

AGENDA HUMANISTA
"Há que se reconhecer que, após anos e anos rezando a mesma cartilha, seguindo a bula do FMI e tomando as doses amargas do seu suposto remédio para economias emergentes, somos obrigados a dizer chega! Não defendo o fim da sensatez, mas acredito que está na hora de mudar. Defendo que é melhor ter desenvolvimento e correr o risco de ter uma inflação maior, o que ninguém consegue enxergar no horizonte, do que manter um ambiente de aparente não inflação, porém com desemprego recorde, em um país cada vez mais empobrecido, gerando, com isso, uma instabilidade social crescente. O Brasil precisa de menos ortodoxia monetarista, própria para países mais desenvolvidos, e mais realidade humanista. Precisa de uma agenda que vá além da conquista da credibilidade da sua política monetária. Vejam o que acontece com o setor produtivo nacional. A estagnação é perversa, divorciada do potencial de realização instalado no País."

QUESTÃO DE HONRA
"Não podemos desperdiçar esse momento histórico. Compreendemos e esperamos, com a paciência de um monge, o primeiro ano que passou, cientes de que era o período mínimo para as adaptações e os ajustes necessários. Depositamos nosso voto de confiança, incondicionalmente, acreditando que, na hora certa, a vocação social do atual governo emergiria. Essa hora chegou. Contamos com uma economia de mercado consistente e, melhor ainda, de livre mercado, além de um respaldo pleno por parte da sociedade para uma política fiscal austera, que corte gastos correntes e equilibre as contas públicas. Basta um movimento rumo à opção desenvolvimentista, e o governo obterá resposta imediata dos setores produtivos nacionais. Este é caso da indústria imobiliária brasileira, setor que ampliou suas esperanças no atual governo quando o presidente da República anunciou em campanha que o combate ao déficit habitacional, superior a 6 milhões de moradias, é uma questão de honra. Somos os primeiros a aplaudir qualquer medida que vá ao encontro dos anseios legítimos da população. Por isso, estamos prontos para fazer a nossa parte para que o Brasil, finalmente, não tenha medo se ser feliz."


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