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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 630 (02/05/2004)

Por um Brasil no Azul

A prosperidade de um grupo pequeno e representativo de setores da economia brasileira que vivem um momento de retomada do crescimento, infelizmente não está sendo compartilhada pela grande maioria das empresas nacionais em razão da falta de um projeto de desenvolvimento do mercado e apoio ao empreendedorismo. Todos os empresários torcem e querem colaborar para que o Brasil possa "entrar no azul", fazendo da livre iniciativa, mais do que nunca, a bandeira do desenvolvimento em seu sentido mais pleno. No entanto, a insatisfação geral diante de tanto amadorismo e das frustrantes tentativas baseadas em erros e acertos, está levando o desabafo contido daqueles que não têm mais tempo a perder e estão vivendo no sufoco do dia-a-dia ao discurso público de representantes significativos do universo empresarial. Ao receber a Medalha da Ordem do Mérito Militar durante as comemorações do Dia do Exército, em São Paulo, em 19 de abril, Guilherme Afif Domingos, empresário e presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (FACESP), chamou a atenção para a gravidade da situação, convocando a união de toda a sociedade brasileira para que, em conjunto, seja possível encontrar o rumo de que o País tanto necessita para caminhar na direção certa.

BIG-BANG
"Em face do momento crucial que vivemos, a união nacional assume para qualquer povo o caráter imperativo de condição de sobrevivência. A turbulência mundial da atualidade dispensa demonstração. Entramos não em um novo período ou fase da história humana, mas como em um big-bang sócio-político-cultural, resultante essencialmente da explosão da tecnologia científica e eminentemente dos meios de comunicação, quando os mais sublimes e fantasiosos sonhos humanos de todas as eras assumem, sob o macrofenômeno da globalização, feições indefinidas, ora de delírios paradisíacos, ora de pesadelos infernais. Trata-se de um movimento planetário na sua extensão e de amplitude multissecular na sua duração. E esse processo está apenas no início. Vivemos, portanto, em um período de transição, no qual subsistem todas as formas político-econômicas e culturais acumuladas pela História até aqui."

SEM RUMO
"O Brasil inseriu-se, ou foi inserido, nesse mundo globalizado, sem estar preparado para tirar o maior proveito de seus benefícios e para evitar os riscos inevitáveis que ele encerra, por não ter um "projeto de nação" capaz de envolver toda a sociedade e permitir a exploração de todas as suas potencialidades. É certo que a globalização representa ameaças, mas é certo também, como dizem os chineses, que toda ameaça corresponde a uma oportunidade de igual ou maior proporção. Mas estas oportunidades não estão sendo aproveitadas, pois as lideranças políticas têm planos para chegar ao poder, porém sem nenhum projeto concreto de desenvolvimento econômico e social. Em decorrência desse fato, o Estado brasileiro agigantou-se como arrecadador e gastador, mas a maioria de seus órgãos desidratou-se e desestruturou-se para o cumprimento de suas funções. Educação, Saúde, Segurança, Infra-estrutura, Justiça encontram-se em condições precárias."

ATITUDE
"A gravidade da situação nacional, com as ameaças externas e os problemas internos, exige ampla mobilização da sociedade para, em conjunto com o governo, definir novos rumos para o Brasil. Estamos convencidos de que não existe governo ruim para sociedades organizadas. As Forças Armadas não estão à parte da sociedade, mas fazem parte dela, porque comungam dos mesmos objetivos de fazer do Brasil, com base na democracia e na ordem, um País próspero e que distribua por toda sua população os benefícios do progresso. Compartilhamos os mesmos valores e as mesmas crenças no futuro. Nunca a história nos ofereceu tamanha oportunidade para colocar o nosso País na posição de destaque que lhe cabe na nova ordem internacional. Precisamos sair da condição de eternos devedores e tornarmo-nos credores do reconhecimento de um povo que sempre sonhou ser grande a partir de um projeto de nação capaz de unir a sociedade brasileira em torno de valores e objetivos comuns. Basta! Precisamos fazer o Brasil voltar a ser o grande País das oportunidades. Vamos tirar o Brasil do vermelho."


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