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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 649 (12/09/2004)

Chocolate com Paixão

Quatro anos atrás, quando só se falava em crise e a maioria das empresas vivia em compasso de espera para investir em um crescimento sustentável, a Cacau Show mostrou que é possível montar um plano de expansão independentemente das variações do cenário econômico. Com 157 funcionários e produzindo cerca de 200 toneladas de produtos, a empresa optou pela independência das grandes redes de magazine que comercializam chocolates. Para isso, criou um sistema de vendas baseado na abertura de franquias e na venda porta a porta por meio de revendedoras, como fazem grandes marcas de cosméticos. Alexandre Tadeu da Costa, diretor do negócio - www.cacaushow.com.br -, faz parte de uma geração de jovens empreendedores que começaram cedo a implementar novas idéias, inspirados no enorme potencial de consumo do mercado brasileiro. Mais do que um modelo de referência de uma iniciativa empresarial vencedora, a Cacau Show é uma prova concreta de que as decisões estratégicas tomadas na hora certa são decisivas para a sobrevivência de qualquer organização. Em depoimento exclusivo, ele revela os momentos em que foi preciso tomar outra direção e fala sobre os planos de expansão das franquias na América do Sul até 2010.

TRÊS EM UM
"Em 2001, demos um passo muito importante para a abertura de novas lojas. Como o negócio vinha crescendo e nós percebemos que as grandes redes de supermercados não eram mais clientes dos quais nós poderíamos depender, optamos por fazer uma grande pulverização em termos de canais e de clientes. Nós já estávamos atuando na venda direta de chocolates porta a porta, um diferencial muito importante do nosso negócio, porque nenhuma empresa no mundo vende chocolates como se vendem perfumes e cosméticos, mas nós percebemos que precisávamos evoluir para que esses distribuidores fossem um pouco mais fiéis a nós, uma vez que eles trabalhavam com produtos variados. Decidimos então lançar o sistema chamado três em um. Com isso, o nosso parceiro de negócio, o nosso franqueado, passou a ter três frentes de trabalho: a loja padronizada, que já somam 107 em todo o Brasil, a distribuição para o varejo com a marca Gardner, criada exclusivamente para esse fim, e a revenda domiciliar dos chocolates Cacau Show."

TRANSIÇÃO
"Nesses últimos quatro anos, a empresa tem crescido a uma taxa média de 40% ao ano. Precisamos sempre criar novas estratégias, e sentimos que fica cada vez mais difícil tomar decisões, porque o negócio hoje em dia começa a ter um volume muito maior e há muito mais para ser colocado em jogo. A nossa postura de mercado é parecer artesanal, mas com uma indústria por trás disso, que é aquilo que temos de melhor a oferecer ao mercado em relação à concorrência. Mostramos que é possível vender o conceito de artesanal, mas com uma estrutura bem atualizada tecnologicamente por meio da aquisição de máquinas suíças, alemãs e italianas. Para montar toda essa estrutura, tivemos a colaboração marcante no passado do Sebrae/SP, que nos ajudou muito com os cursos de gestão de negócio e com a participação de um consultor especializado. Outra instituição que também está nos auxiliando no intercâmbio de informações com grandes empresas e pessoas diferenciadas é o Instituto Endeavor, que promove uma confraria de empreendedores."

FUTURO
"Estamos aqui para crescer e o nosso objetivo é abrir mil lojas até 2010. Hoje, temos até uma fábrica de montar franquias, que inclui um auditório para palestras de cinco horas para cinqüenta pessoas, com periodicidade semanal, dependendo da demanda. O custo total da franquia gira em torno de R$ 40 mil para uma loja de 30 metros quadrados. Não cobramos taxa de royalties, nem taxa de propaganda. Existe apenas uma taxa inicial de franquia que está atualmente fixada em R$ 4 mil, já com um desconto de 80%, porque a nossa grande meta nesse momento é crescer. O Brasil é um país carente que quer coisas novas, mas tem que haver paixão e criatividade, além de quebrar paradigmas. Para fazer chocolate ruim e vender barato ou fazer bombom para vender a R$ 150 o quilo, não tem segredo. Nós conseguimos unir o bom, o barato e o bonito, com produtos para todos os públicos."


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