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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 673 (27/02/2005)

Risco Sofisticado

Empreender de forma bem-sucedida no mundo globalizado, assumindo riscos e tomando decisões, tornou-se uma ação estratégica altamente sofisticada, que envolve o comprometimento das empresas com o fechamento de parcerias, com campanhas de patrocínio e com a busca incessante de oportunidades de negócio, tendo em vista o objetivo de sobreviver com sustentação no mercado atual. Nesse sentido, os procedimentos empresariais do passado devem e precisam ser revistos e redirecionados para atender os novos paradigmas de consumo de produtos e de serviços. Até mesmo os executivos que se destacaram em organizações de grande porte no decorrer das suas carreiras também enfrentam esse novo desafio de empreender, embora tragam uma bagagem de causar inveja a qualquer candidato a empresário. Este é o caso de Antonio Fernando Guimarães Bessa, que começou na Arno como estagiário e lá permaneceu por trinta anos, galgando todos os postos até chegar à vice-presidência. Em depoimento exclusivo, como diretor da A. Bessa do Brasil Indústria e Comércio Ltda.– e-mail: [email protected] – e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo no Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex), ele dá uma lição de vida, além de falar sobre o processo de transição do executivo para o empreendedor.

TRAJETÓRIA
"Depois da Arno, decidi ser um empreendedor e montei duas empresas. Uma delas é a A. Bessa do Brasil Indústria e Comércio Ltda., para a comercialização e a fabricação de bens de consumo duráveis. Outro aspecto interessante foi que eu senti uma lacuna muito grande na área de consultoria tanto de comércio exterior quanto na área de fusões e aquisições de empresas, área na qual eu acabei especializando-me, mas faltava o elo jurídico. Por isso, acabei fazendo um curso de Direito, com o objetivo de trabalhar na área empresarial, dando complementação na parte de consultoria de compra e venda de empresas e de instalação de joint ventures e promoção de outras empresas que queiram vir para o Brasil. Ainda existe uma grande dificuldade de entrar no mercado brasileiro, apesar de tudo que se fala das aberturas e das facilitações em termos de negócio. Há uma necessidade visível de encontrar alguém que conheça a cultura local e saiba como uma empresa pode e deve ser instalada."

DIFERENÇA
"Para o executivo, os obstáculos são menores, porque muitos deles são removidos pela estrutura da própria empresa. Já na situação de empreendedor, enfrentamos obstáculos diferentes, de tempo e de burocracia. Algumas vezes, essas dificuldades são um pouco mais penosas de serem vencidas na etapa inicial do negócio, quando alguém se propõe a colocar uma nova empresa no mercado. A falta de capacitação influi muito no empreendedorismo, uma vez que, quando o dirigente da empresa não está capacitado, ele não dispõe de dados, não conhece o mercado e dificilmente vai ser bem sucedido na sua iniciativa. Por isso, a margem de sucesso é bem menor nesses casos e também a coragem de continuar enfrentando os obstáculos arduamente. O diferencial de uma empresa de sucesso não está naquela que é perfeita em tudo, mas sim naquela que menos enganos comete. Com base na minha experiência, aprendi a não acreditar piamente em pesquisas de mercado, que é aquilo que normalmente se faz para o lançamento de um produto ou de um serviço, pois isso nem sempre funciona."

INTERNACIONALIZAÇÃO
"O Brasil hoje está muito mais bem preparado tanto diplomaticamente quanto tecnicamente pelo Ministério da Indústria e do Comércio para enfrentar os embates e as negociações internacionais. Em termos de Mercosul, os quatro países que se propuseram a criar um mercado comum ainda não atingiram esse objetivo. Nós temos uma união aduaneira imperfeita, o que é uma grande pena, entretanto, devemos levar em conta que 2004 foi o melhor ano de exportações brasileiras para a Argentina. A Alca certamente voltará a ser uma esperança a médio prazo. Hoje, nós já temos o Canadá querendo fazer um grande acordo com o Mercosul, e as negociações desse mercado com a União Européia tenderão a se fortalecer em 2005."


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