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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 318 (10/05/1998)

Mercado Muda o Contabilista

Ter noção exata dos custos e enxugar despesas para garantir produto ou serviço competitivo é um item básico do moderno mundo dos negócios, que influi diretamente na função do contabilista. Este deixa de ser um mero guarda-livros, um executor de tarefas, para tornar-se coordenador das atividades contábeis e importante parceiro do seu cliente, um consultor imprescindível para a gestão empresarial eficiente. Para que isso aconteça, ele precisa deixar de ser o profissional liberal à antiga, um artista solo da sua atividade. O antigo escritório evolui para uma empresa de contabilidade. Mas nem sempre a urgência de mudar é suficiente. É preciso conscientização, a cargo das entidades de classe, e modelos inspiradores que mostrem como isso funciona. Quando esses dois itens se concentram num só exemplo, existem condições para traçar o perfil adequado do contabilista integrado na modernidade.
É o caso de Anníbal de Freitas, um dos sócios da Organização Contábil Modelar - www.contabilmodelar.com.br -, fundada há 32 anos. A experiência que possui foi adquirida não apenas nos limites do seu empreendimento mas, também na convivência com seus pares, já que foi o primeiro presidente da Fenacon e presidiu em quatro gestões alternadas do Sescon/SP. Neste depoimento, ele destaca a importância das mudanças na sua atividade e indica algumas providências para que a contabilidade consolide sua posição, de fato, como a moderna linguagem dos negócios.

EVOLUÇÃO COM SERIEDADE
"A evolução do contabilista, de profissional liberal para empresário, aconteceu a partir de mudanças fundamentais. A começar pelo próprio material de trabalho e de seus instrumentos, como é o caso da informatização. Com isso, ele saiu daquele universo básico de office-boy e datilógrafa e convocou a colaboração de outros profissionais, que começaram a ter participação na produtividade e remuneração compatível com suas novas responsabilidades. A sofisticação do mercado deu a ele o senso de empresário, porque se tornou um orientador dos empresários-clientes. À medida que ele foi evoluindo, sentiu a necessidade da formação de uma equipe, mas uma equipe coesa. É o que temos aqui na Modelar, onde atendemos 180 clientes, com o apoio de colaboradores sintonizados com o slogan "uma organização séria a serviço do seu cliente". Conto, para isso, com a participação fundamental do meu sócio Shiro Yamamoto, que é meu companheiro desde o início da empresa. Ele foi meu colega de faculdade, na diretoria da Associação Profissional das Empresas de Serviços Contábeis, e por isso não é apenas um sócio, é um irmão."

CONCORRENTE VIRA COLEGA
"Acredito que a primeira etapa dessa evolução aconteça a partir do trabalho das entidades. Quando o indivíduo passa a fazer parte de uma sociedade, em que ele procura conscientizar-se da necessidade de não ter um concorrente mas sim um colega, ele muda de mentalidade. A segunda etapa é provocada pela própria legislação, que passou a ser mais exigente com relação ao contribuinte. E, sendo o contabilista o representante do contribuinte, obrigatoriamente ele teve que dar uma outra concepção à sua própria atividade. Deixou de ser aquele indivíduo que fazia a letra bonita no diário, para ser muito mais objetivo na sua atuação. Além disso, outras empresas, inclusive de porte internacional, também contribuíram para essa mudança. Participamos hoje de organismos internacionais em que a contabilidade, como todas as outras atividades, obedece a normas e padrões estabelecidos. Temos hoje empresários de contabilidade com renome internacional, de uma forma bastante acentuada em nível de Mercosul. O indivíduo, pela sua qualidade, pela sua capacidade, pelo seu gabarito, pela equipe que possui, pode impor-se e o cliente, sentindo-se seguro, começa a ter orgulho de contar com seu serviço. Mas ainda enfrentamos um problema cultural do individualismo. Numa pesquisa feita pela Fenacon no setor, descobriu-se que uma grande maioria, pelo menos no Norte e no Nordeste, são pessoas que vivem como profissionais liberais. Muita gente rejeita sociedades e prefere ter 100% de nada do que 10% de alguma coisa."


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