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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 684 (15/05/2005)

Radioproteção com Responsabilidade

O conhecimento científico adquirido por grandes pesquisadores nas universidades brasileiras pode e deve gerar boas oportunidades para o incremento da livre iniciativa no País, tanto para eles quanto para a imensa maioria de empreendedores carentes de informação confiável. Ninguém melhor do que especialistas que estudaram durante longos anos com o objetivo de se tornarem reconhecidos e respeitados em suas áreas de atuação para levar ao mercado um conceito de negócio com a qualidade e a garantia de quem entende do assunto e reúne todas as condições técnicas necessárias para oferecer os melhores serviços. Este é o caso da física e mestre em engenharia nuclear Adelia Sahyun, diretora da Átomo Radioproteção e Segurança Nuclear - e-mail: [email protected] - Tel.: (11) 3032-4616. Em depoimento exclusivo, ela relata com muita personalidade na descrição dos detalhes, como se deu a transição da vida acadêmica para gestão empresarial, destacando a importância do controle adequado de todos os segmentos de atividades que utilizam material radioativo encapsulado, de acordo com as normas determinadas pela legislação atual.

VISÃO
"Eu sempre trabalhei com segurança nuclear, na área de radioproteção que hoje se chama segurança nuclear. Com isso, tive contato o tempo todo com empresas de todos os segmentos e consegui enxergar no serviço que eu prestava uma forma de transformar essa atividade em um negócio rentável. Por meio de visitas de fiscalização, dentro da comissão da própria instituição onde eu trabalhava, constatei a quantidade de empresas que trabalham com material radioativo hoje e consegui identificar nichos em que poderíamos estar presentes. Quando eu me aposentei, montei uma sociedade com outro profissional da área e começamos a atuar diretamente no mercado corporativo. Nosso objetivo inicial foi mostrar que, quando se consegue montar uma gestão em termos de radioproteção dentro da empresa, esse procedimento flui sozinho. Nós entramos nessa etapa inicial, orientamos e saímos, sempre nos colocando à disposição em caso de necessidade."

VIABILIDADE
"A sociedade deu certo pelo fato de termos perfis complementares. O meu sócio é bem técnico, uma das pessoas que mais entendem de radioproteção no Brasil e talvez até na América Latina. A minha contribuição está mais ligada ao lado empreendedor. Acredito que essa complementaridade facilitou o nosso trabalho em conjunto. Em termos de entidade, nós buscamos o Centro de Incubadora de Empresas Tecnológicas (Cietec) que está dentro do Instituto de Pesquisas de Energia Nuclear (Ipen) para conseguir o financiamento da Fapesp ao projeto de educação à distância. Fazemos desde a gestão da radioproteção, ou seja, organizar os serviços da radioproteção da empresa de forma que seja possível atender todas as normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cenen), específicas para cada tipo de empresa, até o atendimento como consultoria."

ABRANGÊNCIA
"Nosso campo de atuação é bem amplo, incluindo empresas de indústria de bebidas, de plástico, de papel, de equipamentos para a área médica, siderúrgicas, entre outros segmentos importantes da economia. No nosso mailing, contam 870 empresas dos mais diversos portes. Do ponto de vista da necessidade do controle, não há diferenciação, pois todas as empresas que utilizam fontes radioativas precisam de um técnico responsável. A diferença é que, dependendo do tamanho da organização, ela pode precisar de mais de um supervisor, mas todas precisam de pelo menos um qualificado e de um substituto. O acidente radioativo que ocorreu em Goiânia no final da década de 80 foi um marco para a conscientização sobre os problemas e os danos que a falta de cuidado com as fontes radioativas podem causar ao meio ambiente e às pessoas. Travamos uma luta constante contra a ignorância, pois a radiação ainda é tratada como um tabu no Brasil. Existe pouco espaço na mídia em geral para falar sobre isso, e essa falta de informação acaba gerando medo e insegurança. Não apenas os empresários, mas a população como em geral precisa ser alertada, pois com segurança não se brinca e a qualificação deve vir antes do custo."


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