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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 690 (25/06/2005)

O Jogo do Mercado

Tanto o dirigente empresarial que julga ter lugar assegurado no mundo corporativo quanto aquele que se limita a resolver os problemas do cotidiano de um negócio, estão com os dias contados e com a empresa comprometida a médio prazo. Empreender não significa apenas ter uma idéia e detectar um nicho mercadológico capaz de viabilizá-la. O empresário de fato não fica restrito a uma atividade profissional em razão de uma formação acadêmica e também não pode ter medo de assumir os riscos necessários para deixar de ser concorrente para se tornar parceiro no momento certo. Essa foi a trajetória seguida pelo arquiteto Giacinto Cosimo Cataldo, diretor da Cosimo Cataldo Comercial & Construtora Ltda. - www.cosimocataldo.com.br. Depois de anos de experiência trabalhando no ramo da construção civil com os irmãos, ele alçou vôo próprio especializando-se primeiramente em ambientes hospitalares e, em seguida, na comercialização e na fabricação de produtos específicos para esse fim. Em depoimento exclusivo, com o sangue empreendedor falando mais alto, ele revela que o segredo está em acompanhar a dinâmica do mercado e estar sempre disposto a reformular e a descobrir novas estratégias de atuação.

ESPECIALIZAÇÃO
"O empresário tem que ver a oportunidade e abraçá-la. Quando eu ainda estava trabalhando com a minha família para uma grande indústria de papel, um dos diretores do hospital do Sindicato da Indústria do Papel e do Papelão estava com problemas na construção da obra e pediu-nos ajuda. Não era a minha área, mas tratava-se de um segmento diferente, que exigia um outro tipo de construção e muito pouco se conhecia no mercado sobre arquitetura hospitalar. Não restou outra saída a não ser estudar mais sobre o assunto. Acabei incorporando algumas técnicas e entendendo o funcionamento de um hospital. Apesar de ser arquiteto, eu sou mais empreendedor, mais ativo. Por isso, comecei a prestar consultorias, sempre com a oportunidade de novas obras de grande porte. Como ficou incompatível projetar e construir ao mesmo tempo, eu abandonei o projeto e me dediquei mais à construção."

INDEPÊNDENCIA
"No começo dos anos 90, quando participamos da construção de um dos maiores e mais conceituados hospitais do País, eu fiquei encarregado de cuidar de uma determinada linha de produto, destinada principalmente à área de acabamento. Os donos da obra acabaram importando quase tudo para fazer o hospital, e eu acabei tendo contato com produtos que geram uma oportunidade de negócios com o próprio hospital. Afinal, eu estava no mercado para trabalhar e para sobreviver sempre como empresário. Tive que me afastar da empresa dos meus irmãos por diferença de opiniões empresariais, pois eu tinha uma visão de negócios que não era necessariamente a deles, talvez por eu ter um estilo mais agressivo, mais arrojado e mais disposto a correr riscos e ser pioneiro. Em 1993, abri a minha empresa e fiquei sozinho, construindo e fazendo a importação de produtos. Nós tínhamos apenas uma linha de produtos que não era suficiente para sustentar um negócio, quando apareceram outras oportunidades comerciais. Em um determinado momento, ficou incompatível desempenhar as duas atividades, porque éramos comerciantes e, como construtora, concorríamos com os nossos próprios clientes."

FOCO COM ÉTICA
"Chegamos à conclusão de que era melhor ser parceiro do que concorrente. Hoje, temos excelentes parceiros, que são as construtoras. Começamos a migrar para a linha de produtos e fomos especializando-nos. Há três anos, entregamos a última obra. Hoje, somos líderes no mercado na fabricação de cortinas para a divisão de áreas hospitalares em todo o Brasil, entre outros produtos destinados a esse segmento. O jogo do empresário é o jogo do mercado e não o jogo que estabelecemos. O mercado vai determinando quais são as oportunidades, e temos que saber avaliá-las para definir caminhos focados, com ética e competência. O empresário brasileiro tem fibra, mas falta preparo e confiança para atuar num cenário que está continuamente impondo obstáculos à livre iniciativa. A função empreendedora é cuidar do futuro do negócio, pensando sempre no dia de amanhã."


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