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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 705 (09/10/2005)

Ímpeto com Requinte

A diversidade da cultura empreendedora no Brasil é tão ampla que várias são as formas encontradas pelos agentes da livre iniciativa para atingir o sucesso e conquistar um espaço definitivo no mercado, sem mesmo ter planejado a gestão de um negócio. Investir em um nicho estreito e altamente especializado, utilizando os conhecimentos adquiridos durante toda a vida profissional, foi a estratégia adotada por Ivandir Vituri, diretor da TK Indústria e Comércio de Produtos Plásticos Ltda. - e-mail: [email protected] - Tel.: (11) 4476-4944. Para ele, que começou a trabalhar ainda criança, a atividade empresarial pode ser comparada a um ringue de boxe. O ímpeto para lutar deve permanecer constante, principalmente quando se está no centro, e não nas cordas que amparam as quedas, ou seja, é mais seguro agir durante uma fase confortável da empresa do que apenas reagir para apagar incêndios já consumados. Seguindo essa filosofia, ele acrescenta a capacidade para se organizar e oferecer aos colaboradores um ambiente de trabalho requintado e valorizado. Em depoimento exclusivo, seguindo um raciocínio meticuloso de ação, ele relata uma lição de vida, além de revelar como se tornou uma referência nacional e certificada no ramo da extrusão de perfis plásticos.

RECONHECIMENTO
"Nós temos uma experiência acumulada de 35 anos, dos quais 13 anos com a TK e 22 anos comigo trabalhando em uma empresa multinacional de origem norte-americana que depois se nacionalizou e na qual eu tive a incumbência de montar desde o primeiro parafuso. Eu e meus filhos resolvemos montar uma fábrica de produtos para a área médica, mas logo em seguida o mercado soube que eu me havia desligado da empresa em que trabalhava e começou a me cobrar a atuação em outros segmentos. Eles me convenceram a fazer essas alterações, e já se passaram 13 anos desde o nosso início. Atualmente, fabricamos 2.600 produtos, com certificado ISO 9001?Æ;2000, para atender todas as exigências do mercado. Conseguimos essa certificação em tempo recorde, porque já tínhamos uma estrutura pronta e inteiramente organizada. Bastou contratar um consultor, que nos deu as normas a serem seguidas."

FORÇA CENTRALIZADA
"O empresário brasileiro, de modo geral, é bastante acomodado. As pessoas costumam esperar o negócio cair para depois reagir e tomar uma posição de defesa. Para mim, a posição de defesa tem que ser trocada pelo ímpeto, que pode ser representado pelo centro de um ringue de boxe. É ali que temos que lutar e concentrar todas as nossas forças. Na organização de uma empresa, não podemos esperar perder o mercado para a concorrência. Isso significa ser arremessado para as cordas do ringue. É uma maneira filosófica de demonstrar que nós temos que estar sempre no meio desse espaço e, quando estamos no centro, temos condições de atuar de forma plena e vigorosa. Eu tenho como filosofia empresarial não olhar para trás enquanto estou correndo. A distância em que se encontra o adversário é problema dele. O nosso problema é alcançar o que está na frente, movidos sempre pela ambição, que não significa dinheiro mas, sim, a capacidade de se chegar cada vez mais longe."

HUMILDADE
"Temos também que ter humildade, e isso não é comum para muita gente. É comum encontrarmos indivíduos que, no momento em que se tornam patrões, exigem que todos se curvem diante deles. Eu acredito que somos todos iguais e que as parcerias de trabalho devem ser feitas com os empregados, com os fornecedores, com os clientes e até mesmo com o governo, pagando os impostos em dia, sem esperar milagres. Eles acontecem na casa de cada um, começando pela educação dentro dos lares. Por isso, precisamos saber onde estão os nossos defeitos, corrigi-los e trabalhar com o máximo de produtividade, economizando em tudo o que for possível. É preciso aprender a trabalhar sem desperdício, visando a empresa, e não a si próprio, porque o individualismo não leva a nada. Temos que pensar de forma coletiva até dentro da empresa, porque o empregado sem o patrão não existe e vice-versa. Os dois juntos, mas sem clientes e sem bons fornecedores, também não existem, e assim por diante. O maior erro do empresário é ser individualista."


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