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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 754 (10/09/2006)

Brincadeira de Adulto

Nem sempre é preciso esperar por uma grande oportunidade para abrir o próprio negócio. Quem está sempre atento às necessidades mais elementares do seu público consumidor em termos comportamentais muitas vezes usa a inspiração empreendedora para adaptar ou reformular uma idéia já colocada em prática com sucesso, seja no Brasil, seja no exterior. Foi o que aconteceu com o engenheiro e administrador de empresas Felício Borzani Neto, criador e sócio-diretor da franquia Happy Town - e-mail: [email protected] - Tel.: (11) 5182-5121. Ao deixar o mercado corporativo no final dos anos 80, no qual trabalhava como executivo, decidiu investir na livre iniciativa como franqueado de várias bandeiras que atingiam diversos segmentos de mercado. Ao tomar conhecimento da existência de rede de lojas norte-americanas que têm como proposta a montagem de bichos de pelúcia personalizados por crianças, ele vislumbrou um nicho inédito no País, estendendo essa atividade também às empresas e aos adultos, tendo em vista o componente afetuoso da cultura latina. Em depoimento exclusivo, ele conta como usou sua experiência para formatar a franquia e de que forma pretende expandi-la nos próximos anos.

Diversificação
"Ao sair do mercado como executivo, decidi que, se fosse para trabalhar novamente, eu iria montar o meu negócio e tentar ser bem sucedido por minha conta e risco. Isso aconteceu no final dos anos 80, quando a franquia no Brasil estava começando, não existiam consultores, mas apenas algumas redes que estavam iniciando a expansão devagar. Procurei uma franquia de roupas nessa época, mas, infelizmente, depois de dois anos de operação, a rede quebrou e eu, como franqueado e dono do ponto comercial, pensei em trocar a bandeira. Só que durante esse tempo, eu aprendi a trabalhar de forma individual, a negociar com fornecedores, a entender um pouco mais o mercado e, a partir disso, fui em busca de uma marca que me pudesse atender. Por causa do trauma da primeira tentativa, decidi diluir os riscos pela diversificação, abrindo lojas em sociedade nos ramos de alimentação, têxtil, perfumaria e cosméticos."

Atendimento
"Em 2001, passamos por uma cisão societária. Tivemos que vender algumas lojas e fechar outras para poder acertar a situação de todos. Quando olhei para trás, havia-me sobrado uma única loja que eu ajudei a criar, que é a Best Baby Produtos Infantis. Graças ao atendimento personalizado que eu e a minha mulher dedicamos aos clientes, dobramos o faturamento em um ano e, no segundo ano, conseguimos fazer com que o faturamento aumentasse 50%. Há cerca de quatro anos, em viagem pelos Estados Unidos, ela conheceu uma operação de franquia que permitia às crianças construírem o seu próprio urso de pelúcia, e isso tinha virado uma febre no mercado americano. Como nós tínhamos loja de produtos infantis e o nosso cliente é basicamente crianças na área de brinquedos e os pais na área de puericultura, ela achou o negócio muito interessante, montou um ursinho e trouxe para eu conhecer. Achei incrível a idéia, mas na época não me deu aquele estalo de ir atrás e tentar trazer isso para o Brasil."

Tropicalização
"Três anos depois eu conheci uma pessoa que havia morado dez anos nos Estados Unidos e tinha montado um quiosque da franquia, mas não detinha a informação do varejo. Logo que o conheci, gostei do negócio e pedi para a minha mulher fazer uma comparação. Percebemos logo a diferença das culturas e a necessidade de montar um projeto em sociedade com ele totalmente nacional e começamos a tocá-lo desde janeiro deste ano. O único procedimento que se manteve semelhante foi deixar o cliente fazer o enchimento dos bichos, com 22 opções. Nós inovamos com perfumes, bordados e nomes para cada bichinho. Criamos uma loja-piloto na qual o cliente pode colocar acessórios e passamos a investir no perfil corporativo e adulto dos usuários, que é bastante forte no Brasil. Vem da cultura latina, pois o americano é muito frio e impessoal. Esse é o nosso grande diferencial. Para tornar o negócio viável, precisamos de escala, e a nossa meta consiste em cinco anos ter cem lojas no formato de quiosques em pontos estratégicos dentro de shopping centers."


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