O Passado como Alicerce
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Entender o dinamismo do desenvolvimento empresarial no Brasil e no mundo não é uma tarefa fácil para aqueles que estão começando a construir uma trajetória empreendedora. Muito menos para quem já atravessou quase um século de existência, passando por todas as transformações econômicas e globais com base na prática diária. Porém, quando uma organização se destaca pela seriedade e pelo compromisso com seus funcionários e clientes no decorrer de setenta anos de atividades, a estrutura que norteou seu caminho no passado passa a ser essencial na descoberta do foco mais adequado em termos de novos mercados, aliada aos mais recentes avanços das técnicas de gestão administrativa. Um grande exemplo nesse sentido hoje é a Plásticos Mueller S.A. Ind. e Com., fundada na década de 30 pelos irmãos Mueller e pouco tempo depois adquirida por Frederico Jacob, um judeu alemão refugiado da Segunda Guerra Mundial que, com a ajuda de um sócio investidor, encontrou em solo brasileiro a oportunidade para refazer sua vida. Em depoimento exclusivo e repleto de histórias comoventes, Ricardo Max Jacob, atual presidente da empresa, sobrinho e herdeiro do fundador www.mueller.com.br relata essa verdadeira saga de sucesso no setor de injeção de plásticos na indústria automobilística e no segmento de informática, sendo a primeira empresa de manufatura de plásticos no país em fase de patentear processos que utilizam plásticos com nanotecnologia.
AUTODIDATA
“Quando assumi a empresa em 1986, em razão do falecimento do meu tio, que trabalhou até o último dia, eu era um técnico especializado em plásticos e na manufatura de produtos à base desse material. Acabei tornando-me um autodidata como empresário à medida que comecei a procurar a melhor forma de gestão, criando os meus próprios parâmetros para saber como estava o negócio na tentativa de administrá-lo da melhor maneira possível, até poder montar uma estrutura industrial adequada aos novos tempos. Para isso, sempre procurei cercar-me de pessoas capazes de contribuir para a nossa sobrevivência no mercado, com o objetivo de criar uma estrutura organizacional que realmente propiciasse um desenvolvimento contínuo. Outro aspecto importante foi a busca de parcerias internacionais, que também nos ajudaram muito a enxergar melhor as principais estratégias da rotina corporativa.”
NOVO ESPECTRO
“Hoje, somos uma empresa que desenvolve tecnologia e poderá, em curto prazo, exportar tecnologia em vez de comprá-la de outros países, além de termos parcerias muito fortes com universidades. No passado, a nossa atividade produtiva estava muito esfacelada, pois fabricávamos produtos para a indústria de brinquedos, de artigos domésticos, de embalagens e de automóveis, entre outros segmentos de mercado. Atualmente, estamos centrados em dois nichos: na indústria automobilística e no segmento de informática. Com base nesse foco, definimos o que utilizar e o que pesquisar do ponto de vista tecnológico, para que possamos oferecer aos nossos clientes matérias-primas melhores, com barateamento dos custos e com resultados muito bons. Realizamos todas as experiências em laboratórios especializados até chegarmos ao produto final esperado. Nesse sentido, a tradição da Mueller funciona como o alicerce facilitador para tudo aquilo que pretendemos desenvolver daqui para a frente.”
TECNOLOGIA
“Somos também a primeira empresa brasileira considerada ‘sistemista’ entre as grandes multinacionais, quebrando um tabu de muitos anos. Até agora, todas as outras eram internacionais. Elas montam o sistema e os entregam prontos para as grandes montadoras. A Mueller está produzindo o painel inteiro, exceto os componentes eletrônicos, para ser encaixado direto nas linhas de montagem, sem que haja a necessidade de montar peça por peça, porque já nos preparamos e nos especializamos para fazer isso. A atual administração, que representa a terceira geração de um processo de sucessão familiar, criou o Centro Técnico de Desenvolvimento e Tecnologia Mueller, que fica sob os cuidados de um físico PhD. Eu acompanho cada passo, porque gosto muito de conhecer novos conceitos de fabricação. Essa preocupação com o desenvolvimento tecnológico foi fundamental para o reconhecimento mundial.”
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