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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 820 (23/12/2007)

O prazer de empreender

Nem mesmo os piores obstáculos burocráticos e tributários em um ambiente permanentemente desfavorável aos negócios, como é o cenário brasileiro, conseguem impedir ou tirar do empreendedor nato o prazer de criar e levar adiante a sua empresa, fazendo do risco um estímulo a mais para testar os limites da sua capacitação gerencial. Enfrentar todos os desafios do mercado, acreditando que iria conseguir atender as novas demandas, sempre foi a tônica do trabalho desenvolvido por Lourival Mariano Filho ao lado do irmão no comando da Petink Serigráfica - www.petink.com.br especializada em comunicação visual destinada a pontos de venda, por meio de faixas, banners e displays. Para eles, a lição de empreendedorismo começou cedo, quando, ainda crianças, vendiam na escola os geladinhos que a mãe preparava com raspas de gelo e suco. Depois de fazer desenho técnico e de estudar engenharia, Lourival foi trabalhar como empregado, mas nunca deixou de lado a vontade de ser dono da sua própria empresa. Tudo começou na garagem da casa, onde fazia estampas para camisetas e adesivos para concessionárias de veículos. Em depoimento exclusivo, ele relata, com muita paixão pelo negócio, como foi o salto para a formalidade e explica por que a empresa já se tornou referência no seu segmento de atuação.

VIRADA
"Por não termos conhecimento de como empreender, era tudo feito na raça mesmo. Após muito tempo, fui buscar capacitação no Sebrae pelo Empretec. Conseguimos sair da garagem para um lugar um pouco maior e fomos crescendo devagar. O nosso grande salto foi considerado uma loucura para a maioria das pessoas, mas eu tinha certeza de que iria dar certo. Como fazíamos pastas de plástico com impressão em cores, surgiu a oportunidade de pegar uma encomenda de 90 mil unidades para uma Secretaria do Rio Grande do Sul por intermédio de um amigo, mas com o prazo de 15 dias para a entrega. Na época, tínhamos capacidade para produzir cerca de mil pastas apenas, tivemos que correr para alugar o galpão onde estamos até hoje, encomendamos dez mesas para uma marcenaria e contratamos de imediato mais trinta funcionários. Entregamos as últimas pastas na madrugada do último dia, mas valeu a pena em todos os sentidos. Esse foi o início da nossa virada."


FOCO
"Continuamos com as pastas, com os adesivos e com tudo que nos pediam em serigrafia. Foi então que percebemos a necessidade de focar o negócio e optamos pela produção de material para pontos de venda em grande formato, para que pudéssemos concorrer com empresas do nosso tamanho e não mais com aqueles que trabalham na informalidade, como nós começamos. A concorrência nesse segmento não é muito profissional, porque, no Brasil, as pessoas aprendem serigrafia no fundo da casa. Ela é a prima pobre das artes gráficas, enquanto, na Europa, é a prima rica. Por isso, decidimos organizar-nos, formatar-nos, ter tudo calculado e controlado para cumprir as datas de pagamento, o que já é um diferencial para o mercado. Eu e meu irmão fomos visitar duas empresas européias, uma na Suíça e outra na Itália, e repassamos aos funcionários tudo aquilo que aprendemos, em parceria com os fornecedores de tinta que nos usaram como laboratório."


ADRENALINA
"Eu costumo viajar quando já implementei tudo que aprendi. Estamo-nos preparando para exportar material pronto e começando a desenvolver novos produtos como cavaletes multiuso e banners, que podem ser utilizados em todo tipo de comércio, como indicadores de promoções. Depois, vamos criar uma loja on-line e traduzir o site para o inglês e para o espanhol. Com tudo isso pronto, vamos prospectar lá fora, usando a Internet para nos expor e para facilitar o contato. O medo sempre vai estar presente a cada passo desses, mas também serve para sinalizar que estamos fazendo algo novo. Penso muito no que há de real no medo que estou sentindo e não deixo que isso trave as minhas ações. Costumo escrever tudo, certifico-me, procuro alguém de confiança e peço uma opinião. Sempre dou um jeito de racionalizar o medo para tirá-lo da cabeça. Quanto ao risco, ele faz parte, e eu costumo aproveitar a adrenalina liberada pelo desafio para crescer como empresário, senão estaríamos na garagem de casa até hoje."


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