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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 830 (02/03/2008)

O poder da intuição

Nem só da tradição de muitas décadas no mercado e do renome de uma marca sobrevive uma empresa. Independentemente de passar por um processo de sucessão familiar ou de ser repassada para novos donos, a garantia do sucesso comercial está sempre vinculada à capacidade empreendedora de vislumbrar e de adequar uma linha de produtos a um determinado nicho de consumidores para canalizar as forças de vendas. Enquanto muitos tentam vencer esse desafio por meio de cálculos e de pesquisas, outros apostam na forte intuição para guiar suas iniciativas. É o caso de Paulo S. Boldarim, presidente da Muriel do Brasil Indústria de Cosméticos Ltda. ?Æ; www.muriel.com.br ?Æ;. A experiência de montar negócios desde cedo nos mais variados segmentos de atividade fez com que ele enxergasse em um simples anúncio de jornal a grande oportunidade de se destacar como empreendedor. O que parecia apenas um palpite acabou concretizando-se quando ele veio da Bahia, onde morava na época, para comprar a Muriel com recursos próprios, em São Paulo, no início dos anos 90. Em depoimento exclusivo e dono de uma fé inabalável, ele revela as estratégias que revolucionaram a trajetória da empresa, que completa 50 anos, totalmente renovada sob o seu comando.

CRESCIMENTO
"Assumi o negócio mesmo sem entender nada sobre cosméticos e sem nunca ter administrado uma indústria. Passamos um período bastante longo, trabalhando com produtos de tratamento e dando continuidade à fabricação do creme para manchas de pele Muriel, conhecido em todo o Brasil, enquanto eu tentava transformar a empresa em um laboratório farmacêutico. Como houve muita dificuldade durante esse processo, resolvemos lançar uma linha de cosméticos para o consumo e encontramos um mercado extremamente ávido e comprador. Os comerciantes de quinze anos atrás começaram a perceber que o cosmético dava mais lucro do que muitas mercadorias vendidas dentro dos seus estabelecimentos. Os supermercados, por exemplo, passaram a reservar gôndolas com essa finalidade, que exigiram uma demanda muito maior do que as indústrias nacionais podiam produzir. Por isso, tivemos um crescimento meteórico, pois pegamos esse boom e soubemos direcioná-lo a nosso favor."


MERCADO
"Vendemos cerca de 75% da nossa produção para o Nordeste, em razão da capacidade produtiva. Quando lançamos a nossa linha de consumo, os comerciantes dos estados dessa região compraram tudo e nós não conseguimos atender as demais localidades. Somente a partir do final de 2006, com a construção da nova fábrica, criamos condições para atender todo o Brasil e também para exportar. Um dos pontos estratégicos mais fortes do nosso negócio, que nos leva a uma posição de destaque no segmento das classes C e D, está no fato de termos um processo verticalizado. Além da fabricação, nós fazemos tudo dentro da Muriel, desde o design das embalagens até o desenvolvimento dos rótulos. Como a embalagem no segmento em que atuamos representa 60% do custo primário, principalmente quando se tem uma multiplicidade de linhas, como é o nosso caso, chegamos a um equilíbrio no custo final que nos permitiu sair na frente da maioria da concorrência, oferecendo produtos de qualidade, bonitos e acessíveis."


ENERGIA POSITIVA
"O fator preponderante para o nosso sucesso foi trabalhar com a inteligência emocional, dando muito valor à intuição. Sempre que estou bem comigo mesmo, não cometo erros. Para conservar esse estado de espírito, a primeira atividade da empresa no início de todas as semanas é a realização de um culto ecumênico com a participação dos funcionários, durante o qual fazemos a leitura de um trecho do Evangelho de Jesus, com debate aberto para perguntas. Por meio dessa cultura empresarial, mostramos uma preocupação geral com a força da espiritualidade, que altera o clima da organização e melhora o relacionamento interpessoal, incluindo o nível de tolerância, de paciência e de amizade entre aqueles que estão conosco. O resultado disso reflete-se na produtividade, pois conseguimos extrair o melhor de cada um sem esquecer o lado social, uma vez que pagamos bons salários, considerando a assiduidade, a pontualidade e a participação nos lucros."


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