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Boi no espeto
 A longevidade de qualquer negócio no mercado atual depende sempre da introdução de novas tecnologias na produção e na comercialização de produtos e no treinamento dos funcionários. Por mais consolidada que esteja uma empresa no seu ramo de atuação, seus dirigentes não podem acomodar-se a ponto de perder de vista a necessidade iminente da inovação empreendedora para atender a demanda dos consumidores. Foi o que aconteceu com a Espetinhos Mimi,– www.espetinhosmimi.com.br –, fundada em 1967 e adquirida há cinco anos por Fausto Martins Borba. Como todo produtor rural da região de Goiânia que sonhava em vender carne bovina no espeto, ele identificou a grande oportunidade de incorporar essa marca a um grupo formado por quatro empresas, sendo uma delas a franqueadora que já está na terceira geração, graças à visão inovadora que estabeleceu parâmetros de qualidade competitivos com o objetivo de reconquistar e de prospectar novos públicos. Em depoimento exclusivo, Fausto Borba relata de forma objetiva quais foram as medidas estratégicas mais importantes para revigorar a marca, assegurando perspectivas de crescimento por meio de linhas inéditas de ação e de políticas de trabalho.
NOVAS COORDENADAS
"Em 2002, quando compramos o projeto, a idéia era verticalizar, ou seja, trazer a carne das nossas empresas agropecuárias e colocar esses produtos no mercado. Depois que passamos a conhecer melhor o negócio, percebemos a dinâmica que ele oferecia e começamos a desenvolver novas modalidades de trabalho, além das festas e dos eventos que já eram mercados tradicionais da Espetinhos Mimi. Partimos também para o desenvolvimento do fast-food, que consiste na venda dos produtos assados nas lojas franqueadas e, com isso, acabou surgindo a modalidade delivery, que é a venda dos produtos congelados ou assados, entregues em casa, que já estamos desenvolvendo, e, em breve, estaremos operando com esse sistema. O cliente, como bom patrão, é quem vai definindo as nossas coordenadas, e, assim, vamos desenvolvendo trabalhos e produtos para atender as necessidades específicas dos nossos clientes."
PONTO-CHAVE
"Discutimos e negociamos vários pontos estratégicos relativos à empresa, mas nunca o quesito da qualidade dos produtos que saem da indústria e vão para o mercado consumidor, passando por um crivo muito grande. A empresa é detentora do SIF (Serviço de Inspeção Federal), dentro da unidade de produção, o que nos dá tranqüilidade na gestão do negócio, porque se trata de uma organização séria que está fazendo um trabalho muito bom e supervisionado em todas as suas etapas de fabricação e de comercialização. O que nos deu condições de crescer e de prospectar novos mercados foi realmente a plataforma de qualidade, que é o início de qualquer negócio. No projeto Mimi, esse é o nosso ponto-chave. As decisões internas são tomadas por um conselho constituído para discutir e definir políticas, além de estabelecer metas. Nós temos reuniões periódicas para redefinir situações, com estudos de mercado, de política comercial, por meio de uma gestão compartilhada com o comprometimento de todos os colaboradores."
DIVISOR DE ÁGUAS
"Na época da aquisição do projeto, nós tínhamos uma empresa de certa forma comprometida com franqueados que tinham dificuldades de relacionamento com a franqueadora. Foi quando reunimos todos eles e demos um prazo de seis meses para que se regularizassem e voltassem a ter a fidelização da marca. Das 42 lojas franqueadas, restaram apenas 20, e nós descredenciamos mais de 50% da rede. Foi uma decisão inédita, mas representou um divisor de águas que fez com que aqueles que estavam realmente comprometidos com o projeto crescessem conosco. Hoje, estamos na terceira geração de franquias, que trabalha com a venda de produtos congelados, com produtos assados no local, inovando com os espetinhos Mimi Grill e com pessoas capacitadas e treinadas para servir toda a família. É outro nicho em que estamos entrando com muito mais amplitude e, agora, desenvolvendo uma política de marketing mais agressiva para apresentar essa nova modalidade de negócio ao mercado."
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