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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 879 (08/02/2009)

A fórmula da oportunidade

Quem está exercendo uma atividade profissional subordinado a uma estrutura organizacional pode e deve aproveitar o ensejo de estudar com atenção os nichos de mercado atendidos pela empresa, bem como aqueles que ainda podem ser explorados, e, com essa constatação, partir para a abertura do próprio negócio. Não são poucos os executivos e técnicos das mais diversas áreas de atuação que viram na oportunidade de estar empregados uma forma de adquirir experiência, contatos e visão estratégica para se tornarem empresários. Entre eles, destaca-se o engenheiro químico Gerson Carlos Parreira Silva, fundador e diretor da Purcom Química Ltda.www.purcom.com.br. Depois de trabalhar e especializar-se como formulador durante anos em uma multinacional produtora de poliuretano, voltada para a venda de grandes volumes dessa substância que serve como matéria-prima para enorme gama de produtos industrializados, ele percebeu que as empresas de médio e pequeno portes sempre ficavam à margem das negociações, o que impedia que muitas idéias se transformassem em realidade. Em depoimento exclusivo, Gerson relata com entusiasmo sua trajetória de funcionário a empresário bem-sucedido e reconhecido internacionalmente pelo pioneirismo tecnológico.

EXPERIÊNCIA
“O Brasil estava cheio de pequenos empresários querendo começar o seu negócio, porque eles dominavam o mercado final, mas não sabiam como processar o poliuretano. Por isso, muitos empreendimentos ficavam apenas na idéia e, a partir do momento em que montei o meu negócio, já tinha toda a experiência de quem havia feito uma universidade fora, atrelada à experiência prática na função de técnico de laboratório. Como os engenheiros pediam-me para desenvolver as fórmulas, eu já entregava o trabalho pronto nas mãos deles. Por isso, acabei conhecendo todos os processos do poliuretano, o que possibilitou o investimento no empreendedorismo voltado para o segmento das pequenas e médias empresas que estavam nascendo e que não eram do interesse das grandes multinacionais nessa fase inicial de crescimento. Dessa forma, criamos e ampliamos esse novo mercado no Brasil.”


SOCIEDADE
“Eu não tinha capital nem como conseguir dinheiro, uma vez que não havia como provar que a proposta era viável. Já existiam distribuidores dessa matéria-prima que compraram a ideia, pois conheciam o mercado lá fora, mas não entendiam nada de tecnologia, que era o meu forte. Foi então que me desliguei da multinacional e fui trabalhar para essa empresa distribuidora, fazendo com os donos o que eu queria fazer sozinho e ganhando uma participação nos lucros. Assim, foi possível juntar dinheiro e pensar até em uma sociedade futura com esse distribuidor, já que o conhecimento era meu e a tecnologia tinha que ser sempre reciclada. No entanto, essa parceria ficou ameaçada em termos de credibilidade tanto para mim quanto para o meu sócio que trabalhava na área comercial, o que nos levou a abrir a Purcom. Nesse início, contamos com o apoio de clientes que pagavam adiantado para viabilizar o produto e fomos também buscar pessoas que tinham crédito para fomentar a nossa iniciativa.”


RECONHECIMENTO
“Hoje, somos uma empresa que formula o poliuretano, mas compra essa matéria-prima das multinacionais que são nossas concorrentes em termos de pesquisa e de formulação. Eu sou considerado o maior formulador independente do México para baixo, enquanto a Purcom detém 70% do mercado de médias e pequenas empresas no Brasil. Há um ano e a pedido de um cliente, descobri uma empresa nos Estados Unidos que desenvolveu um gás ecológico para refrigeradores que não agride a camada de ozônio. Paguei os direitos de uso, desenvolvi esse produto para o mercado brasileiro e tornei-me reconhecido internacionalmente. Esse cliente indicou-me para a Coca-Cola e, atualmente, atendemos empresas na Argentina e no Chile. Esse é o futuro, e todos terão que empregar essa tecnologia no Brasil e no mundo. Para 2009, a nossa meta consiste em fazer uma seleção de clientes que nos garantam um bom faturamento e partir para a utilização de fontes renováveis, incluindo processos de reciclagem e embalagens biodegradáveis que possam substituir o isopor.”


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