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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 888 (12/04/2009)

Design como inovação

São raros os profissionais que têm a oportunidade de trabalhar em uma grande entidade de classe como a Fiesp e, na convivência com o empresariado nacional, identificar os fatores que podem fazer a diferença para a projeção da marca Brasil, por meio da valorização de elementos fundamentais para o sucesso que ainda passam despercebidos no universo corporativo. Esse foi o caso de Joice Joppert Leal, fundadora e diretora da Associação Objeto Brasilwww.objetobrasil.com.br –, renomada especialista em design com experiência em nível internacional, que decidiu criar uma associação para mostrar a importância do design para empresas de todos os portes como poderoso instrumento de comunicação com o consumidor. Ao estabelecer parcerias com instituições de outros países na premiação das ideias mais criativas, ela desmistificou o glamour da palavra design, antes vista como um luxo, tornando essa ferramenta acessível a todas as organizações por meio de consultorias, seminários e projetos, ajudando também a introduzir no País o ensino superior nessa área. Em depoimento exclusivo, ela relata com muita propriedade a sua trajetória de vida, ressaltando a necessidade de criar soluções inovadoras e funcionais para conquistar um espaço definitivo no mercado globalizado.

SENSIBILIDADE
“Comecei a trabalhar com design no final dos anos 70 e, em 1979, fui convidada pelo então vice-presidente da FIESP para criar e desenvolver a área de design dentro da entidade, onde permaneci por quase 25 anos. Partimos da estaca zero e como o design era algo ainda muito novo, encontrávamos mais espaço na área cultural do que no setor econômico. Foi então que percebi que existia muita sensibilidade para absorver a ideia da importância do design para o desenvolvimento de novos produtos. Também introduzimos o design nas escolas técnicas do Senai para ir plantando a sementinha em todos os lugares. Seja na área tecnológica, seja na área cultural, seja na área de formação acadêmica, fizemos um trabalho interessante e também contamos com a USP para oferecer treinamento ao corpo docente da rede de ensino do Estado de São Paulo sobre os conceitos e os princípios do design para que os professores da escola fundamental passassem isso às crianças, que são um grande agente estimulador de compra.”

INTERAÇÃO
“Quando ainda nem se falava em programas de qualidade, nós já visualizávamos a importância de o consumidor brasileiro encontrar produtos com uma ergonomia correta, com uma embalagem prática e atraente, e fomos trabalhando com vários nichos de mercado. A certa altura, percebi que era preciso criar uma entidade ecumênica que atendesse à indústria, à área de serviços e à área do comércio que utilizam sinalizações. Dessa forma, procuramos todos os canais possíveis com os quais sabíamos que o design pudesse interagir, e assim surgiu a Associação Objeto Brasil em 1996, quando fizemos uma grande exposição em homenagem aos 500 anos do descobrimento na Pinacoteca do Estado, no Parque da Luz. Foi a primeira exposição de ecodesign, ambientada em um local adequado. A partir daí, publicamos livros e fizemos muitas exposições no exterior. Atualmente, nós temos, entre outros projetos, a promoção do prêmio IDEA Brasil para os profissionais de design.”

MARCA
“Hoje tudo virou design e as campanhas publicitárias ressaltam esse diferencial, que acabou-se tornando um negócio interessante. Como design é uma palavra da língua inglesa toda pomposa, nós procuramos desmistificá-la em nossos encontros com os empresários e depois decodificá-la, incorporando esse processo criativo aos produtos, voltados sempre para as estratégias de gestão empresarial. Se alguém quiser uma indicação, nós vamos dar todas as orientações gratuitamente, uma vez que isso faz parte da nossa gênese, que é promover o design brasileiro. A marca Brasil já está aí e esse é o nosso selo de qualidade, de competência e de criatividade no mercado global. Os pequenos empreendedores têm tudo a ganhar utilizando o design em uma bela embalagem, pois muitas vezes o produto é bom, mas ele comunica mal. Nesse sentido, o design pode ajudar como forma de inovação e esse é o pulo do gato.”


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