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Qualidade Sob Medida
 O trabalho artesanal vem recebendo atualmente um grande impulso da automação dos processos industriais que facilitam e agilizam as operações com o aumento da produtividade. A tecnologia tornou-se um verdadeiro aliado dos artesãos, permitindo o planejamento das produções em série, de acordo com as necessidades de cada cliente. Embora ainda seja preciso investir muito em treinamento e mão-de-obra especializada para atender esse tipo especial de manufatura, ficou praticamente inviável sobreviver sem incorporar as inovações capazes de aperfeiçoar as etapas de fabricação na busca de competência e de bons resultados. Quem está vivenciando esse processo há dois anos é a Gerson & Equipe de Camiseiros - www.gersoncamiseiro.com.br, que já pode ser considerada uma grife, por atuar há 25 anos no mercado de camisas de primeira linha, feitas a partir dos melhores tecidos nacionais e importados. O depoimento exclusivo de Gerson Pontes Cardoso, fundador do negócio que adquiriu fama nacional com o seu nome, revela as estratégias básicas adotadas para enfrentar a retração da economia e, ao mesmo tempo, manter-se atualizado com o que existe de mais moderno no mundo em procedimentos informatizados.
CARTÃO DE VISITA
"Sempre digo para os meus clientes que eles não vêm comprar camisa, mas uma ferramenta de trabalho. É a apresentação da pessoa, é tudo. O homem vai procurar o camiseiro porque leva mil vantagens do que comprar um produto pronto, que todo mundo tem e não dá certo em nada. A maior parte do mercado não conhece esse tipo de trabalho artesanal. Se conhecesse, trocaria o magazine por ele. Hoje em dia, o indivíduo está cada vez mais sensível, mais exigente. Gosta de estar bem vestido, principalmente no colarinho, num terno. Na camisa sob medida, ele pode escolher um tecido de qualidade, um corte melhor, exigir os detalhes que quiser por um preço igual ao de um magazine. O cliente só tem a ganhar, quando procura uma camisaria. Acabou aquele mito do passado de que só gerente de banco podia ter acesso a esse trabalho. Hoje, qualquer pessoa pode consumir nossas camisas, com os preços oscilando de R$ 50,00 a R$ 200,00."
CONTROLE AUTOMÁTICO
"Só com automação é possível hoje atender e crescer dentro do gênero de trabalho artesanal. O computador projeta a camisa, a entretela, o design do colarinho. Nessa área, estou usando os mesmos equipamentos das grandes grifes italianas, que funcionam apenas nessa base. Inicialmente, temos dentro do computador o arquivo da modelagem e vamos adequando e combinando os tamanhos de acordo com as medidas de cada cliente, cadastrado por um código. A máquina puxa essa informação e vai cortar automaticamente, com capacidade de fazer cinqüenta camisas em quatro minutos. Quer dizer, você elimina lápis, régua, elimina tudo. Uma vez cadastrado no software, quando esse cliente voltar, todos os dados dele já estão lá, e as operações serão repetidas com a mesma perfeição. Através da informática, oferecemos um trabalho de laboratório perfeito, para fazer uma roupa que veste bem, com corte bem lapidado e entretela bem cortada. Foi como trocar uma tesoura de US$ 30 por uma de US$ 300 mil, o valor do investimento nesse processo de automação. Mas dou-me por feliz, pois sei que, se amanhã o Gerson não existir mais, pode continuar o Gerson Camiseiro."
NOVOS PONTOS
"Antigamente, vendia-se pouco e ganhava-se muito. Hoje é o contrário. Então, a solução que encontramos foi diversificar, porque o cliente deixou de ser cativo. Dois terços caíram fora, e para continuar mantendo a estabilidade e atendendo essa clientela, em especial a classe média, abri mais duas lojas, chamadas Costum Shop, que também vendem camisas sob medida, embora toda a tecnologia e a confecção estejam centralizadas na nossa empresa. Trata-se de um sistema americano econômico ao qual a classe média se apegou, mas aqui ele é impulsionado por nós. Por isso, o consumidor dessas lojas sabe que as camisas são feitas e dirigidas pelo Gerson Camiseiro. Atendemos uma média diária de vinte clientes e temos cerca de 3 mil clientes cativos entre as classes A e B que voltam porque a resposta do nosso trabalho agrada, em razão da qualidade e do aperfeiçoamento tecnológico constante. Buscamos sempre fazer aquilo que eles realmente querem."
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