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« Memória Empresarial • ANO XXVIII - Ed. 915 (21/02/2010)

Buscando novos desafios

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Há um tipo raro de empreendedor fortemente determinado a ousar e a pensar grande, sempre visando ser o maior e buscar o melhor, que se beneficia ainda de profunda intuição e percepção dos negócios e do mercado. Observador atento, ele sempre age com dinamismo e desenvoltura extremos para melhorar aquilo que descobre ou até mesmo em criar o que imagina. Na verdade, é trabalhador incansável e com alto profissionalismo, em permanente busca de coisas e desafios novos, sem esperar as oportunidades caírem no colo. É o caso do empresário J.Hawilla, diretor da Trafficwww.traffic.com.br – que começou aos 17 anos como repórter esportivo de rádio em São José do Rio Preto, dirigiu emissoras em Jales e em Votuporanga, no Interior de São Paulo. Transferindo-se depois para a Capital, trabalhou como produtor e apresentador na Rede Bandeirantes, durante dez anos, e na Globo. Uma destacada atuação durante greve de jornalistas custou-lhe o emprego na principal rede de televisão brasileira, onde após seis anos já ocupava cargo de confiança, como diretor de esportes em São Paulo. Demitido, tomou consciência de que não mais deveria depender de emprego, como relata em entrevista exclusiva.

MERGULHO DE CABEÇA
"Sem emprego, fiquei em pânico: estava casado e com um filho recém-nascido, não tinha mais salário e haviam se fechadas as portas das emissoras. Formado em Direito, tentei advogar, mas em pouco tempo percebi que a profissão não era para mim. Após exatos 100 dias fui readmitido na Globo, depois de exaustivos contatos e negociações. Comecei a fazer outras coisas em paralelo ao emprego na televisão, isso já em 80, 81, sempre com a intenção de um dia ter o negócio próprio. Nessa época, um amigo indicou-me uma empresa de publicidade em ponto de ônibus chamada Traffic, que estava à venda; os donos tinham outros negócios e poderiam vendê-la barato. Arranjei dois sócios e no mesmo dia comprei a empresa. Na verdade fiz tudo sozinho, os parceiros só foram informados sobre a transação e 'mergulhei de cabeça' nesse tipo de publicidade. Ainda mantinha o emprego: chegava na Traffic às 7, 8 da manhã, trabalhava até quase meio dia, 'saia voando' e ia para a Globo preparar e apresentar um programa de esportes. Às cinco horas da tarde retornava à empresa e continuava o expediente noite adentro".


PENSE GRANDE
"A oportunidade de operar a publicidade com placas nos estádios foi-me dada pelo amigo Marcos Lazaro, que tinha comprado os direitos de um jogo de futebol Brasil x Paraguai. Eu tinha visto na Europa a propaganda em pequenas placas comerciais nos campos de futebol e senti que poderia se tornar atividade promissora no Brasil. Gostei do negócio e comprei os direitos de publicidade nos estádios por meio dessas placas, inclusive em todos os jogos da seleção brasileira. Reinventei a empresa, ao mudar o modelo de publicidade em ponto de ônibus para placas em campo de futebol e posteriormente ainda estendi-me para o marketing esportivo. Foi uma evolução natural, com a empresa crescendo e eu me tornando cada vez mais ousado e buscando sempre novos desafios. Passados cerca de dez anos, já dispunha de algum capital, arriscava mais, era bastante ousado... Cheguei a ter direitos sobre os 25 melhores estádios no País, como Pacaembu, Morumbi, Maracanã, Mineirão. 'Pense grande, comece pequeno e ande rápido' - eis o comportamento que, a meu ver, deve nortear a pessoa que aspira a grandes realizações".


USINA DE INICIATIVAS
"Numa ação mais abrangente no marketing esportivo, o primeiro grande evento que comprei foi a Copa América, praticamente recriada pela Traffic. Era um campeonato de futebol de seleções existente há 60 anos, que tinha perdido todo o atrativo. O novo formato foi de uma mini-copa do mundo, a cada dois anos num país da América do Sul: as primeiras aconteceram na Argentina, em 87, no Brasil, em 89 e no Chile, em 91. Evoluímos e ganhamos escala, oferecendo o torneio gratuitamente e televisionado à maioria dos países. Atualmente, comercializamos para 200 países, além da Copa América, também a Taça Libertadores, a Mercosul e campeonatos no Brasil. Em 2002, entrei no negócio de TV, mesmo sabendo do grande risco, e comprei quatro afiliadas de TV da Globo. E abrimos um negócio inédito no Continente, uma rede de franquia de jornais, com mesmo nome, modelo, design gráfico, em quatro cidades diferentes. Hoje já são 10, sendo quatro próprios e seis afiliados e recentemente compramos o Diário de São Paulo".


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